Ó meu coração, torna para trás.
Onde vais a correr, desatinado?
Meus olhos incendidos que o pecado
Queimou! - o sol! Volvei, noites de paz.
Vergam da neve os olmos dos caminhos.
A cinza arrefeceu sobre o brasido.
Noites da serra, o casebre transido...
Ó meus olhos, cismai como os velhinhos.
Extintas primaveras evocai-as:
- Já vai florir o pomar das maceiras.
Hemos de enfeitar os chapéus de maias.-
Sossegai, esfriai, olhos febris.
-E hemos de ir cantar nas derradeiras
Ladainhas...Doces vozes senis...-
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